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terça-feira, 9 de agosto de 2011

COBRANÇA ESTRANHA

SOCIEDADE CABO-FRIENSE REAGE À COBRANÇA IRREGULAR DE ESTACIONAMENTO COM PREÇOS DIFERENCIADOS E LEI APROVADA DE FORMA NEBULOSA NA CÂMARA MUNICIPAL E QUE DESTINA APENAS 5% DO ARRECADADO PARA A PREFEITURA.


A SOCIEDADE CIVIL, CONVOCADA PELA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, DISCUTIU NESTA SEGUNDA-FEIRA A QUESTÃO. O DEBATE FOI ACALORADO E ENTIDADES EXIGIRAM MUDANÇAS NOS CRITÉRIOS

Extraído do blog www.sosdirlei.com.br
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Osmar Sampaio, Wilson, da Central Park, Juliano Almeida, advogado da
do Cosumidor e Zé martins, presidente da Acia Defesa

As entidades representativas da sociedade civil cabo-friense disseram um sonoro não a empresa Central Park 33. No debate promovido pela Associação Comercial e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), na manhã desta segunda-feira, no auditório da Acia, ficou claro que o pessoal da empresa terceirizada não terá boa vida.

O primeiro a falar foi o diretor da empresa, Wilson dos Anjos. Sua fala surpreendeu a todos pois mais parecia um pedido de socorro. Wilson demostrou fragilidade ao afirmar que “as pessoas não pagam e não respeitam os profissionais”.

O comerciante Airton, representante da Maçonaria, disse que a Central Park “está cobrando indistintamente a todos, quando “o Estatuto do Idoso garante que pessoas acima de 56 anos estão isentas do pagamento”. Airton disse que sua indignação não se prende apenas ao estacionamento. “Queremos praça, iluminação, segurança e um turismo de qualidade”. “A cidade está vazia”. “Pago R$ 15 mil por ano em impostos e não se tem nada de retorno. Isso é um absurdo”, bradou Airton.


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O blogueiro Totonho

O blogueiro professor Totonho também se pronunciou sobre o assunto. “Sou contra essa cobrança e o sou por princípio. Não se pode privatizar vias públicas. Se a prefeitura quer cobrar que cobre R$ 1 real, mas que o total arrecadado seja doado a instituições como a APAE, por exemplo”, sentenciou Totonho.

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Adelson Vargas, Sindicon

O diretor do Sindicon, Adelson Vargas, se disse contra a cobrança de valor diferenciado nas praias. Adelson condenou também a cobrança em eventos de modo geral.


Outro que também bateu duro na cobrança do estacionamento rotativo foi Radamés Muniz, do Convention Bureau. Radamés se disse muito preocupado com os valores diferenciados cobrados aos turistas. O temor é de que isso acabe por afugentá-los.

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Jorge Murilo, CRECI

O representante do CRECI, Jorge Murilo, também fez coro contra a cobrança do estacionamento. Ele criticou os transportes de massa em Cabo Frio. “Os ônibus são muito fracos, então o cidadão acaba sendo obrigado a usar o carro”. Murilo acrescentou que um assunto dessa magnitude não poderia ter sido resolvido entre a prefeitura e os vereadores simplesmente. “Deveria ter sido objeto de uma audiência pública”, alfinetou Murilo.



Para a representante da Associação dos Hotéis, Mere (do Malibu), os “azuizinhos” são despreparados, precisam ser qualificados para melhor abordar os motoristas. “Tenho passado por muitos constrangimentos com turistas e hóspedes”, reclamou Mere.

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Duca Monteiro, diretor da Acia

Para o diretor Comercial da Acia, Duca Monteiro, clientes do comércio de Cabo Frio que moram em São Pedro, Iguaba, Búzios e Arraial do Cabo, vão deixar de comprar aqui na cidade se a cobrança persistir. Duca foi contundente ao se dirigir ao líder do governo, vereador Fernando Comilão. “Vocês devem uma satisfação à sociedade e não podem continuar sonegando documentos. Vocês tem obrigação de repassar os documentos que a Acia necessita”, disparou Duca.

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Abílio, comerciante

O empresário Abílio (da Casa Farol) propôs um valor único de R$ 1 real, independentemente do número de horas. “Pode ser 30 minutos ou 5 horas, o valor deve ser fixo”, afirmou Abílio.

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Gilson Peres, radialisa

O apresentador Gilson Peres, que cobriu toda a reunião para o seu programa de TV, disse que nos moldes que está sendo feita a cobrança é inaceitável. "A Avenida Atlântica, no Rio é um dos metros quadrados mais caros do mundo. No entanto, lá num período de 12 horas paga-se R$ 2 reais. Aqui basta uma paradinha na Praia do Forte e lá se vão 5 reais”, protestou Gilson.



O EMPRESÁRIO E VICE-PRESIDENTE DA CDL-CABO FRIO, DIRLEI PEREIRA POLEMIZOU COM O VEREADOR FERNANDO DO COMILÃO, LÍDER DO GOVERNO NA CÂMARA DOS VEREADORES
Participei ativamente dos debates. Convidado a falar pela Câmara de Dirigentes Lojistas (sou vice-presidente da CDL de Cabo Frio) parabenizei as entidades que se dispuseram a participar. Disse que embora crítico do governo municipal, ali estava como representante de uma entidade e que não faria pronunciamento político. E assim me comportei. Fiz críticas severas a forma nebulosa como a lei foi aprovada pelo Legislativo Municipal. Faltou transparência, tudo foi aprovado, em todas as Comissões Técnicas em pouco mais de duas horas, o que considero um grande absurdo. Falei também da absoluta falta de transparência em relação a licitação que deu vitória a Central Park. Critiquei também contundentemente a disparidade entre o que a empresa arrecada e o que repassa à prefeitura. 5% para a prefeitura e 95% para a empresa. Um negócio desses até eu quero, disse o blogueiro Dirlei Pereira.

No final do debate não consegui me conter, depois de nova intervenção do líder do governo, Fernando do Comilão. “Se erramos vamos consertar”, disse Comilão.

Tomei a palavra e disse: “está tudo errado mesmo, não adianta remendar, isso é caso perdido; e já que o próprio líder do governo confessa que errou, só vejo uma saída: o prefeito mandar um novo projeto de lei para a Câmara alterando a Lei de 25 de janeiro. Aí vamos começar da estaca zero, inclusive com nova licitação. Só assim teremos transparência, porque agora a sociedade vai estar vigilante”, disse, concluindo minha fala.

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